Bloquinho anima assistidos da Apae nesta sexta-feira de Carnaval
Os assistidos da Apae celebraram o início do carnaval ao som de muito axé e frevo. A festa contou com a participação do cantor Davi e da Orquestra de frevo Vida Boa. Além dos usuários da unidade de Aracaju estavam presentes também os assistidos da Apae Socorro, a presidente da Federação das Apaes de Sergipe, Drª Mônica Souza, e tantas outras personalidades.
O bloco carnavalesco é tradicional e sempre comemorado com muita alegria pela equipe, comunidade e convidados da instituição apaeana de Aracaju. Denise Gomes, mãe da assistida Yvellyn Victória, participou de quase todas as edições da festa carnavalesca desde que sua filha chegou na instituição há 10 anos atrás. “Eu amo esses eventos que a Apae promove. É aqui que a gente se diverte, que os meninos saem um pouco das terapias e podem brincar, aproveitar com segurança e socializar com os amigos. A gente consegue ver a dedicação da equipe da Apae em cada detalhe.”, diz Denise.
“Desde quando eu disse a ele (filho) que teria esse bloquinho ele não parou de me perguntar. Hoje ele já acordou dizendo ‘vamos mamãe’. É a segunda vez que eu venho para o bloquinho e com certeza venho todas a s vezes que tiver. É uma festa linda e inclusiva.”, conta feliz a mãe do assistido Kaio, Karine Lima.
“O bloco de carnaval da Apae Aracaju, que esse ano contou com a participação da Apae Nossa Senhora do Socorro, vem trazer uma reflexão muito importante sobre a inclusão da pessoa com deficiência em festas assim. Desfilar pelas adjacências da instituição, a gente faz um convite à sociedade para que ela interaja conosco nessa grande festa carnavalesca, e ela tem sido bastante participativa, quando vemos as pessoas saírem de suas residências e dançarem na passagem do bloquinho”, frisou o presidente da Apae Aracaju, Carlos Mariz
O carnaval é conhecido como uma festa que reúne pessoas dos mais variados perfis. Apesar disso, muitas festas e bloquinhos ainda não são adaptados para receber pessoas com diferentes tipos de deficiência. Uma rua desnivelada que atrapalha a mobilidade de um cadeirante e um som muito alto que afeta a sensibilidade auditiva de um autista, são por exemplo circunstâncias que atrapalham e afastam as pessoas com deficiência desses eventos.
A folia promovida pelo Bloquinho da Apae Aracaju tenta diminuir esses impedimentos e trazer inclusão e participação do público com deficiência. “A partir do momento que é promovido um evento como esse, nós mostramos para a sociedade que as pessoas com deficiência querem e podem estar em qualquer lugar, inclusive em um carnaval como todas as outras.”, alega a presidente da Feapaes SE, Mônica Souza.